Manter um meio de comunicação em uma cidade pequena não é fácil, na maioria dos casos, o comércio não oferece recursos suficientes para custear com publicidade a manutenção destes meios de comunicação.
Como naturalmente todo trabalho deve ser remunerado, e não podia ser diferente, alguns meios de comunicação se submetem a interesses de grupos políticos, locais ou regionais, conseguindo com isto manterem-se vivos neste pequeno mundo da informação. Até ai quase que compreensível. O lamentável é que isso cria, naturalmente, uma subserviência do veiculo de comunicação ao seu mantenedor ou mantenedora, dependendo do caso. Com isto, rompem brutalmente com a liberdade de imprensa; e mais ainda, com o direito da população de receber a informação desvinculado de interesses deste ou daquele grupo, quaisquer que sejam eles.
Agindo desta forma, estes meios de comunicação que deveriam em sua essência serem formadores de opinião, ferramentas de democracia, acabam exercendo função inversa, ou seja, se tornam instrumentos de alienação, mais desinformando que informando, mostrando apenas a versão dos fatos que interessa a quem os mantêm generosamente, muitas vezes com dinheiro público, que podem até estar fazendo falta em setores de serviço à população.
Todo veiculo de comunicação que se intitula sério, deve primar pela imparcialidade, ser acima de tudo ético em relação à informação, manter a coerência com a verdade. É impressionante que para este tipo de imprensa, seus PATRÕES aparecem como santos enquanto seus desafetos são sempre do mal. Quanta dissimulação.
Isso tudo sem nos referirmos à omissão de fatos que podem não passar pelo crivo da censura dos mantenedores, acentuando ainda mais a desinformação alienante que estes meios de comunicação reproduzem diariamente.
Sabe meus amigos, com certeza é muito bom abrirmos um jornal impresso, uma revista, ouvir um rádio, ver TV ou um site. Sempre que fazemos isto, estamos buscando informação, em minha opinião totalmente indispensável para os dias de hoje, porém, é indispensável que tenhamos censo crítico aguçado para julgarmos se as notícias ali divulgadas, não são aquelas que apenas interessam a um grupo específico ou se realmente se propõem desinteressadamente a informar.
Como já dizia o ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels: “uma mentira cem vezes dita, torna-se uma verdade”. Pois é isso, tenhamos censo crítico.
Paulo Celso.
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