Aconteceu ontem, 16/08, em Porto dos Gaúchos, a CONAPEE (Conferência para Avaliação do Plano Estadual de Educação). A conferência reuniu Profissionais da Educação das redes Municipal , Estadual, Privada e representantes da sociedade afim de avaliar o PEE (Plano Estadual de Educação) nos seus três primeiros anos de execução.
Bem o que me leva a falar sobre o evento não esta restrito exclusivamente a sua realização, mas me volto mais profundamente para um questionamento bem simples, o quanto a sociedade esta realmente envolvida e preocupada em discutir as questões que a envolve diretamente?
Não é raro assistirmos nos noticiários internacionais, manifestações de jovens ou da sociedade em geral, quando decisões politicas contrarias aos anseios populares são tomadas, manifestações que muitas vezes terminam em atos de verdadeiras revoltas populares, ganhando projeção internacional pela intensidade e até pelos confrontos gerados.
Ao contrário para nós brasileiros, em sua maioria, o que predomia é um aparente sentimento conformista que nos permite no máximo, a indignação silenciosa que em nada pode contribuir na superação das mazelas sociais. Um evento como este da Conapee, demonstra numa escala mais restrita a reprodução do que ocorre na sociedade, ou seja, embora o assunto seja da maior relevância, as pessoas não se envolvem ou não se sentem preparadas para discutir assuntos que futuramente irão afetar de forma direta suas famílias e seus filhos.
A bem da verdade a própria categoria dos profissionais da Educação, representados por uma minoria, também não demonstra compromisso, uma vez que nem sequer participam de tais eventos. Nesta situação fica até incoerente que cobremos do restante da sociedade o compromisso com a educação.
Em 2008, estive participando da delegação de Mato Grosso na CONAE Nacional, onde tive a oportunidade de presenciar a organização dos grupos em defesa de seu seguimento na votação das propostas que se tornariam leis. Quero citar como exemplo uma advogada deficiente visual de Londrina PR que defendia o interesse dos portadores de necessidades especiais, ou da mãe de uma criança portadora de Síndrome de Dahl, que também defendia os mesmos interesses, os negros, as instituições privadas, todos lutando por conquistas para seu seguimento.
Falta muito para caminhar, se este pais após o período de ditadura vem conquistando avanços, com certeza isso se dá devido á capacidade de organização e de reeinvidicação, aproveitando os espaços políticos que nos são dados para realizarmos nossas pequenas conquistas.
Não nos esqueçamos que cada geração é diretamente responsável pelas condições a serem geradas para as seguintes, portanto é urgente que nos apresentemos como sujeitos da construção de um mundo melhor para nossos filhos.
Paulo Celso.
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