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Nunca desista de um sonho.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Há coerência entre o discurso e a prática?

                                                    SAIA JUSTA         
                                                                 
    Fazendo minha leitura diária dos sites locais e regionais, deparei me com uma declaração do delegado regional do SINTEP, Sr. Isac. O mesmo em sua nota, falava da possibilidade de que as aulas na rede Estadual de Ensino não começassem no dia 14/02, conforme o calendário determina e que, dependendo de alguns entendimentos, uma greve poderá ser deflagrada antes do início das aulas. Esta greve se daria em virtude, segundo Isac, " pelo não pagamento por parte do Estado  do Piso Salarial Nacional (R$ 1.500,00), não ter dado uma recomposição salarial em Setembro de 2010 e outros".
     Na mesma nota, o líder sindical  declara que nenhuma prefeitura do Vale do Arinos cumpre a lei. Na verdade este foi o ponto que me fez refletir. Como muita gente sabe, fui secretário municipal de educação por doze anos em Porto Dos Gaúchos e como poucos, sei o que é ser cobrado por melhores salários,  diga-se de passagem, cobrança legitima, pois sabemos o quanto os Profissionais da Educação são desvalorizados no contexto das profissões em nosso país. Também reconheço o grande papel que o Sintep desempenhou e desempenha neste Estado, tanto é que sou um dos sindicalizados mais antigos de Porto Dos Gaúchos.
       Mas sem mais delongas, vou ao cerne da questão. Durante meus doze anos na pasta da Educação, tive como críticos ferrenhos alguns membros do Sintep local que discursavam frequentemente pelas salas de professores, geralmente atribuíndo a mim, grande incompetência e uma enorme falta de vontade de melhorar as condições salariais. Segundo estes, nós da administração anterior, não fazíamos porque não queríamos, pois diziam: "dinheiro tem".
       Pois bem, um dos maiores críticos já teve sua oportunidade, assumiu a secretaria municipal de educação nos dois primeiros anos, o professor Paulo Badalo. Vestido da camisa da mudança já com gestão participativa, permaneceu na pasta por dois longos anos, nada acrescentou na minha opinião, muito pelo contrario. No inicio de 2011 deixou  discretamente a secretaria, passando-a  de forma menos democrática ainda do que quando entrou   para seu genro,   professor, vereador, petista, sindicalista, Audiere. Parece até monarquia, tudo  na família Real.
        Plagiando nosso EX, nunca antes na história deste município, a educação teve um representante tão revestido de discurso e de promessas de campanha, sempre direcionadas à mudança e ao desmerecimento de seus antecessores. Tudo que era dito nas conversas informais, nos discursos políticos   de campanha e na fala do sindicalista, agora em tese poderá ser colocada em prática. Este é o momento do confronto final, entre a teoria e a prática, entre o sindicalista e o gestor, entre a vidraça e a pedra, entre quem fala e quem faz, entre quem menospreza o trabalho alheio e quem trabalha.
        Todos os profissionais da Educação da rede municipal estão ansiosos, ávidos por receberem igual ao Estado, por melhores condições de trabalho e por tudo que foi dito e prometido. O que o nosso novo secretario não pode esquecer é que sua responsabilidade é muito grande, pois a primeira tentativa da administração já fracassou. Agora a bola esta na mão do professor, vereador, sindicalista e petista, não nos decepcione. Devo até confessar, eu também  coloco minhas esperanças, pois apesar de tudo, um dia fui seu professor e acredito que com alguma coisa boa pude contribuir.
           Sucesso! Mas não se esqueça, o tempo ensina e a  coerência cobra.

                                                                             Paulo Celso

Um comentário:

  1. Chegou à hora da verdade, ou seja, à hora da onça beber água, e hora dos professores cobrarem o que o nobre secretario pregava outrora quando ele era pedra, (eia João veja o tamanho da complicação que Vossa Excelência se meteu), cadê os cobradores de melhores salários e condições de trabalho vamos la e só cobrar e o piso salarial será igual ao do piso nacional.
    E por isso que digo que devemos pensar antes de falar, pois o que defendemos hoje de errado amanha pode bater em nossa porta e esta não e aprimeira vez que isso aconteceu e só lembrarmos-nos da questão da água que na gestão do ex-prefeito não podia aumentar, mas após a eleição os papeis se inverteu e deu no que deu, mas vou me conter em meus comentários vamos deixar isso para outra hora.

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