As vezes quando encontramos amigos de cidades vizinhas ou ex moradores, que não são poucos, vem aquela tradicional pergunta, e Porto como vai? E eu respondo, vai indo! Dai seguem as inevitáveis observações, muitas vezes negativas, quanto às condições atuais de nossa cidade. Isso para não falar das piadinhas, tipo a que fez um amigo de Juara: quando você sai pega cópia da chave para entrar se chegar tarde?
As vezes paro para refletir vai indo, mas vai indo como?
O fato de que muitas pessoas deixam nossa cidade em busca de emprego é uma realidade, mas começo a perceber pessoas que possuem empregos, e até bons empregos, também começam a manifestar sua intenção de mudar da cidade, isso com certeza é um indicador preocupante. Certamente se a motivação não é o emprego, deve ser então um descontentamento com a situação do município. Este mesmo descontentamento é percebido nas pessoas que não demonstram intenção de partir , mas que também se mostram insatisfeitas.
Pena que nestes quase dois anos e meio da atual administração, este sentimento de insatisfação se acentuou devido a inércia administrativa dos atuais gestores. Entendo que diversos fatores, não só o politico, interferem no desenvolvimento da cidade. Sei que ao contrário do que prometia em campanha o grupo da "Mudança Já", os fatores externos como: acesso, o contexto regional, as aptidões econômicas e outros, são determinantes para o desenvolvimento, não podendo o gestor fazer milagres. Mas independente de tudo isto, o mínimo que gestores de cidades pequenas devem buscar assegurar, é o desenvolvimento da qualidade de vida de seu povo, investir na otimização dos serviços públicos essenciais e priorizar ações que atinjam a maioria da população.
Municípios pequenos na sua maioria, não possuem uma receita própria significativa, dependendo sempre de recursos oriundos de emendas parlamentares e dos programas oficiais de governo. Com base nisto é importante que o gestor possua o talento politico necessário, para angariar junto a outros políticos na esfera Estadual e Federal , os beneficíos de tais recursos. Pena que para nós esta não é a realidade, infelizmente nossos gestores não possuem o cacife politico necessário para termos os benefícios que poderíamos ter. Exemplo, está na distribuição de ônibus promovida pelo Governo Federal e o Estado, no Programa Caminho da Escola em que fomos o município do Vale do Arinos que menos veículos recebeu. Só um Exemplo.
Com exceção do asfalto, que era para ser executado em 150 dias (ver placa) e já se arrasta por mais de ano, os outros recursos destinados ao nosso município, foram quase que totalmente emendas do deputado Riva, além de algumas outras ações iniciadas e pleiteadas pelo ex-prefeito Revelino que foram executadas nessa gestão. Isso demonstra a fragilidade politica administrativa desta administração. Isso para não falarmos nos investimentos realizados com recursos próprios, que são insignificantes durante este período.( ver site TCE). Estes fatores, somados ao populismo, ao marketing exagerado na busca do reconhecimento que não tem, dão a esta combalida administração, uma impressão frágil e insegura.
Meus amigos, tudo isto contribui muito para a insatisfação de nosso povo, causando uma apreênsão geral, que se torna angustiante à medida que passam os anos. É preciso que nossos atuais gestores tomem consciência e assumam uma postura mais atuante e de melhores resultados.
É hora de acordar, vamos correr atrás, já passou da hora.
Só para finalizar, quero perguntar para vocês. E o Porto como vai?
Paulo Celso.
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