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quarta-feira, 11 de abril de 2012

O financeiro e as candidaturas.O que fala mais alto, a qualidade ou o dinheiro?


         Estamos praticamente na metade de abril e muito pouco de concreto se tem em relação ás candidaturas para as eleições municipais de 2012. Até o momento o que se ouve é a possibilidade da recandidatura da atual prefeita e algumas especulações quanto a alguns possíveis nomes para concorrer em oposição à reeleição.
        O que me causa estranheza é que a cada ano eleitoral, menos são os interessados em ocupar cargos políticos eletivos. Creio, partindo de uma análise bem particular e que não tem que ser necessariamente o ponto de vista da maioria, que alguns fatores podem ser determinantes para inviabilizar algumas boas candidaturas, entre eles, o financeiro com certeza é o maior deles.
        Sabemos que a legislação eleitoral tem tentado coibir o abuso econômico nas campanhas eleitorais, mas com pouco sucesso. Muitas vezes, a competência, o currículo, a ética, a humildade, a idoneidade e outros nobres atributos essenciais a um bom candidato, são claramente relegados a segundo plano, prevalecendo quem dispõe de maior cacife financeiro, pois na realidade é quem realmente pode bancar uma campanha nos moldes atuais . Infelizmente a história tem demonstrado que o dinheiro tem sido fator determinante para  viabilizar uma candidatura.
        Em cidades pequenas como a nossa, por exemplo, quem pode contratar o maior número de cabos eleitorais, já começa a campanha com uma enorme vantagem. Quem tem o maior número de placas e de carros de som, influência os indecisos que não possuem referências de qualidade para dirigir seu voto. Mediante estes fatos, o pré candidato que não possui financiamento suficiente para competir em igualdade financeira com o adversário, senti-se desmotivado e recua  frente ao confronto desleal que o capital provoca.
         Claro que devemos considerar que é como na física "toda ação provoca uma reação". Não acredito que quem investi quantias exorbitantes em campanhas eleitorais o faz apenas com o objetivo da vitória. Quem investi de fora espera retorno, favores, beneficios, apoios e outros mais. No caso de quem se elege a custa de autos investimentos, nos remete a um questionamento: porque gastar tanto numa campanha eleitoral, se nunca poderá ressarcir este dinheiro investido através de seus salários?
          Gostaria muito de dividir uma reflexão com todos os leitores. Acredito que só teremos uma democracia de fato, quando as oportunidades sejam as mesmas, ou seja quando eu ou você, possamos nos candidatar amparados apenas nas nossas condições éticas, morais, de competência , de currículo e de propostas.  Sugiro que iniciemos uma campanha em favor do bom senso nas campanhas eleitorais, vamos nos unir e demonstrar que o que deve predominar são as qualidades pessoais e não o dinheiro. Procure sempre conhecer as qualidades do seu candidato e não a grandiosidade de sua campanha.
            Não quero com este texto dizer que as pessoas de boa condição financeira não possam ser também bons candidatos e até bons políticos. Frizo apenas que o emprego de grandes somas de dinheiro em campanhas eleitorais provocam uma competiçao desleal, onda a estética se sobrepõe ao conteúdo. Cabe a nós eleitores, termos um olhar crítico sobre os futuros candidatos. Com certeza quem buscar apoiar sua campanha na ética e em propostas, certamente terá maior compromisso com o cargo que vir a ocupar. Uma eleição é um processo de convencimento, não vamos  permitir sermos convencidos apenas pelas aparências, mas procurar respaldar o voto na competência, na responsabilidade e na qualidade dos candidatos.
             Paulo Celso

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